CARTA AO LEITOR E RADIO-OUVINTE
Uma
reportagem especial da VEJA toma o estado da economia brasileira como amostra
do poder de destruição do caos, do descontrole e da paralisia no Planalto
Central sobre o país. É arrasador.
O lapso do sistema político potencializou os efeitos de um
tosco experimento estatal arrogantemente chamado por Dilma Rousseff de “nova
matriz econômica”.
Essa estratégia nada tinha de nova. Nem de matriz. Era a
mesma igrejinha de arcaica seita econômica voluntarista e intervencionista que
tanto sofrimento já provocou antes nos brasileiros.
Irresponsavelmente imposta ao país, essa política anulou
conquistas modernizadoras e está custando aos brasileiros uma viagem forçada
rumo ao passado.
A reportagem de VEJA mostra como a máquina de atraso do
governo nos fez retroceder no tempo. Em termos de participação no PIB, a
indústria nacional voltou aos patamares de 1950 – isso mesmo, 65 anos atrás.
Concentrou poder e riqueza nas mãos de burocratas e
políticos corruptos e deu origem ao petrolão, o maior escândalo de corrupção da
era moderna.
O centralismo, com potencionalismo, controle de preços e
gigantismo estatal, remota a 1974, início do governo do general Ernesto Geisel,
que melhorou o Brasil. Desde 1981 os brasileiros não eram submetidos aos
rigores de uma depressão econômica profunda como a atual. Não sofríamos com o
aumento do desemprego com essa intensidade desde 2002 e, por último, mas não
menos crucial, há treze anos não sabíamos o que eu era viver sob uma inflação
acima de 10%.
Quem teme perder o mandato por causa de “pedaladas” deveria
mesmo estar preocupado com os efeitos das “atropeladas” da razão, do senso
comum, da álgebra, da lógica comezinha e da língua portuguesa. A política
econômica de Dilma Rousseff não tinha a menor chance de dar certo.
Por isso deu errado. Da revista VEJA 16 de dezembro de 2015
(Carta ao leitor de 2015) – Seleção do Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br 16-02-16)
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