HÍFEN, SEU EMPREGO E
DIFICULDADES
O
emprego do hífen é obrigatório em termos de origem tupi-guarani (açu, guaçu,
mirim) quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos ou
quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada gratificante. Ex.:
amóré-guaçu, amajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-mirim, etc.
O emprego do hífen é obrigatório para ligar duas ou mais
palavras que ocasionalmente formam encadeamentos vocabulares. Ex.: ponte
Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
Não se usa hífen nas palavras que perderam a noção de
composição: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista,
pontapé.
Emprega-se o hífen nos topônimos (nomes próprios de lugares)
iniciados por Grã, Grão ou por forma verbal, ou com elementos ligados por
artigo. Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos,
Entre-os-Rios, Trás-os-Montes.
Com exceção de Guiné-Bissau, os outros topônimos não terão
hífen.
Emprega-se o hífen em nomes de espécies botânicas ou
zoológicas, mesmo que ligados por qualquer elemento, Ex.: couve-flor,
erva-doce, bem-me-quer, cobra-d’água, bem-te-vi.
Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo. Ex.:
cão de guarda, fim de semana, café da manhã, sala de jantar, cor de vinho, cada
um, quem quer que seja, a vontade, a fim de, acerca de, contanto que.
Água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, a queima-roupa.
O hífen é empregado quando o segundo elemento começa por h.
E.: anti-higiênico, co-herdeiro, pré-história, pan-helenismo, semi-hospitalar,
super-homem, ultra-humano.
Com os prefixos bi-, des-, ex-, in- e re- não haverá hífen
quando o segundo elemento começar por h. Haverá queda do h e aglutinação dos
elementos. Ex.: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil,
reabilitar, reaver.
Em função da clareza gráfica, se no final da linha a divisão
de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser
repetido na linha seguinte. Ex.: José e Maria casaram-se em Veneza. A polícia
atacou os sem-terras.
Bibliografia: Tufano, Douglas. Guia Prático da Nova
Ortografia e Sistema Anglo de Ensino, 2008. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br 29-02-16)
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