quarta-feira, 29 de julho de 2015



ESTRUPO OU ESTUPRO (3)
 
 
Instalações inadequadas para delinquentes
      Continuação...
         O Ministério Público de São Paulo pesquisou e concluiu que: nove em cada dez infratores não passam sequer um ano internados.
         De 1552 casos analisados, que incluíam homicídio e estupro, apenas oito de seus autores ficaram detidos por dois anos ou mais.
         “Só os menores que têm péssimo comportamento na Fundação Casa é que ficam internados por mais tempo”, critica o promotor Thales de Oliveira.
         O tempo exíguo de internação se deve, sobretudo, à escassez de vagas nas casas de correção, a exemplo do que ocorre no sistema prisional adulto.
         A superlotação os estabelecimentos destinados a abrigar infratores e seu despreparo para recebê-los – no caso da morte de Gleison, o fato de ele estar no mesmo quarto que os comparsas que delatou configura “um erro de procedimento básico e gritante”, como afirma o promotor Cezário Cavalcante – são só algumas das muitas falhas a ser corrigidas antes de se pôr em prática qualquer mudança na lei. Os entraves, porém, mesmo sendo muitos e complexos, não podem servir de argumento para que se perpetue a impunidade.
Memórias Juvenis
         Se as prisões brasileiras são “a universidade do crime”, os centros de internações para menores não estão longe de ser “o ensino médio do crime”.
         Um levantamento de VEJA em dezesseis das 27capitais nas cinco regiões do país mostra que, de cada dez desses estabelecimentos, quatro se encontram em condições tão ruins que já foram fechados ou estão sob ameaça de interdição pela justiça.
         A exceção é São Paulo, onde há problemas, mas não tão graves quanto no resto do país.
         De 27 unidades da federação, uma se salva: a poderosa São Paulo. A máquina que puxa 26 vagões. Script do Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br 28-07-15)

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