TRABALHAR FORA DE CASA
Imagina
o pique que precisa ter para ser mãe de um bebê aos 50. Acabo de ler outro
texto falando sobre isso: há pouco tempo uma resolução do Conselho Federal de
Medicina (CFM) passou a permitir que as mulheres com mais de 50 anos que
queiram engravidar utilizem as técnicas de reprodução assistida, desde que
assumam os riscos do procedimento.
Até agora, essas mulheres precisavam de autorização dos
conselhos de medicina para fazer o tratamento de engravidar.
Hoje, é ela quem decide, porém, precisa assumir – junto
com o médico que a assiste, claro – os riscos dessa fertilização in vitro.
Já é sabido que, de maneira geral, quanto maior a idade
da gestante, maiores também os riscos durante a gravidez e parto.
Nesta faixa etária, por exemplo, uma mulher tem 60% a
mais de chance de ter um bebê prematuro, além de ter complicações como pressão
alta e diabetes gestacional.
O médico Fabio Cobar, especialista em Reprodução Humana
Assistida, explica, no
entanto, que há como reduzir,
e muito, os riscos na gravidez. “Hoje, vemos mulheres de 50 anos com uma saúde
exemplar.
Porém,
ele acrescenta que cada caso precisa ser analisado individualmente!
Tirando
a parte médica de lado – acho sensacionais estes avanços da medicina, que
permitem a mais mulheres realizarem o sonho de serem mães – o que eu penso é
que não deve ser fácil ter disposição (física, principalmente) para acompanhar
o crescimento de uma criança, à medida em que envelhecemos, ressalta a
colunista Viviane Benvilacqua.
Não
consigo me imaginar, por exemplo, aos 60 cuidando e tendo que acompanhar uma
criança de oito, no auge da sua energia e vitalidade.
Ou,
aos 67 anos, ficar esperando de madrugada, angustiada, a filha de 15 voltar de
uma festa. Sei que muitos avós criam os netos, mas sei também que no final do
dia eles estão exaustos, querendo um pouco de sossego. E não é sem motivo. Jornalista
Léo.
(LM
jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
10-11-15)
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