quinta-feira, 7 de maio de 2015

SAL VERDE E MAIS SAUDÁVEL
O sal, condimento indispensável na alimentação, faz parte da história da humanidade. Os soldados do império romano eram pagos com sal. A iguaria era usada como moeda de troca na compra de outros produtos. Foi daí que surgiu a palavra salário, que significa ração de sal ou soldo.
O sal vem passando de herói a vilão, graças ao cloreto de sódio, que, quando ingerido em excesso, pode causar pressão alta, a qual acarreta doenças renais, cardíacas e vasculares.
Mas mesmo hipertensos devem consumir cloreto de sódio, pois é mineral indispensável para o funcionamento das células.
A Estação Experimental da Epagri em Itajaí encontrou uma solução que aponta por fim nesse dilema: um sal extraído de vegetal.
Em 2001, a planta Sarcocornia perênnis (sal-verde, erva-de-sal ou erva-de-vidro) foi identificada no litoral catarinense pela bióloga Cecília Cipriano Osaida. Estavam em missão em área de mangue povoada por
pequenas plantas no município de Palhoça, na região da Grande Florianópolis.
Naquele ambiente encharcado, uma espécie atraiu a atenção de Cecília por lembrar um cacto. Mas sabiam que cacto não tolera umidade.
O que poderia ser aquele curioso vegetal?
Descobriram que outras espécies de Sarcocornia estudadas na Ásia e na Europa têm sido usadas como fonte de sal em dietas com restrições de sódio.
Foi ai que veio a principal descoberta: a Sarcocornia perênnis produz sal cristalizado com três vezes menos cloreto de sódio que o sal de cozinha. Outra grande vantagem é que, além de sódio, ela tem em sua composição outros sais também de sabor que alimentam e não causam mal à saúde. Assim o consumidor não corre o risco de precisar colocar quantidade maior de sal vegetal para salgar a refeição. Gisele Dias – giseledias@epagri.sc.gov.br

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