SAL VERDE E MAIS SAUDÁVEL
O sal, condimento indispensável na alimentação, faz parte da história
da humanidade. Os soldados do império romano eram pagos com sal. A iguaria
era usada como moeda de troca na compra de outros produtos. Foi daí que
surgiu a palavra salário, que significa ração de sal ou soldo.
O sal vem passando de herói a vilão, graças ao cloreto de sódio, que,
quando ingerido em excesso, pode causar pressão alta, a qual acarreta doenças
renais, cardíacas e vasculares.
Mas mesmo hipertensos devem consumir cloreto de sódio, pois é mineral
indispensável para o funcionamento das células.
A Estação Experimental da Epagri em Itajaí encontrou uma solução que
aponta por fim nesse dilema: um sal extraído de vegetal.
Em 2001, a planta Sarcocornia perênnis (sal-verde, erva-de-sal ou
erva-de-vidro) foi identificada no litoral catarinense pela bióloga Cecília
Cipriano Osaida. Estavam em missão em área de mangue povoada por
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pequenas plantas no município de Palhoça, na região da
Grande Florianópolis.
Naquele ambiente encharcado, uma espécie atraiu a atenção
de Cecília por lembrar um cacto. Mas sabiam que cacto não tolera umidade.
O que poderia ser aquele curioso vegetal?
Descobriram que outras espécies de Sarcocornia estudadas
na Ásia e na Europa têm sido usadas como fonte de sal em dietas com
restrições de sódio.
Foi ai que veio a principal descoberta: a Sarcocornia perênnis
produz sal cristalizado com três vezes menos cloreto de sódio que o sal de
cozinha. Outra grande vantagem é que, além de sódio, ela tem em sua
composição outros sais também de sabor que alimentam e não causam mal à
saúde. Assim o consumidor não corre o risco de precisar colocar quantidade
maior de sal vegetal para salgar a refeição. Gisele Dias – giseledias@epagri.sc.gov.br
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