Operação Lava-Jato e queda no preço do barril de
petróleo atingem a empresa, mas, para especialista, há chance de
recuperação
O cenário de momento é muito ruim
para a Petrobrás, até o preço do barril do petróleo está desvalorizado. A
queda no preço internacional do barril torna menos atraente a exploração
das reservas da camada pré-sal.
Ao mesmo tempo, a obrigação de ter
participação mínima de 30% de investimento e a exigência de que a empresa
lidere as operações em todos os blocos é extremamente pesada para a
companhia, que passa por um momento de descapitalização.
Os reajustes no preço da gasolina
ajudaram a estatal a refazer um pouco do caixa perdido no tempo em que o
preço dos combustíveis ficou congelado. O governo segurou a infração às
custas da Petrobrás. Assim conseguiu a relegar-se. Foram 55 bilhões de
reais pelos não reajustes. Quase que arruína o Brasil.
No entanto, o efeito positivo dessa
alta começa a se dissipar à medida em que o dólar sobe. Só que a
recuperação bilionária foi pro brejo.
A desvalorização do real também atinge a Petrobrás em outro ponto
sensível. Cerca de 70% das dívidas da empresa, que em setembro passado
chegavam a R$260 bilhões, estão atreladas à moeda americana.
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Todas essas dificuldades criam um circulo vicioso que leva ao cancelamento
de projetos, como no caso das refinarias premium que seriam construídas no
Nordeste e não saíram do papel, provocando uma baixa contábil de R$ 2,7
bilhões.
O acumulo de problemas, por sua vez, acendeu a luz amarela no
mercado financeiro, e a empresa teve sua classificação de risco rebaixada
para o grau especulativo pela agência de rating Moody’s. Difícil financiar
o plano de investimentos da companhia. Baixou o crédito!
Além disso, a opção por usar a Petrobrás e os investimentos do
pré-sal para impulsionar a indústria nacional é uma decisão política que
tem alto custo para a companhia.
A escolha provocou atrasos e aumentou o custo da construção de
plataformas e navios-sonda necessários à ampliação de produção.
Em meio a esse cenário, a Operação Lava-Jato da Polícia Federal
envolveu a empresa e sua cadeia de fornecedores em denúncias de corrupção,
o que gera mais ainda incerteza no mercado, com sucessivos adiamentos na
divulgação dos balanços da companhia. Até que enfim, seis meses após foi
divulgado, depois de alguns adiamentos, atribuídos a operação desastrosa do
Lava-Jato. Um tornado perfeito. Jornalista Léo.
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