segunda-feira, 10 de agosto de 2015



PREVIDÊNCIA SACRIFICA O APOSENTADO (1)

Nenhuma das conquistas dos aposentados sequer ameaça as contas da Previdência. Aliás, é preciso ressaltar a imensa fraude que se criou em torno de sua suposta insolvência, envolvendo agentes do governo interessados em incrementar ainda mais o rentismo e uma mídia “pró-mercado financeiro”, como assinala a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Denise Gentil. “No ano passado, o governo gastou no chamado item Gastos Financeiros da União 380 bilhões de reais. É um volume muito alto de recursos que ‘precisa’ ir para o sistema financeiro, daí seus altíssimos lucros.
            Como não tem 1 bilhão de reajuste para os aposentados?”, indaga o economista Washington Lima.
            É certo que vivemos uma era de desencanto com a política.
            E é dentro dessa imensa casa de tolerância e flexibilidade moral que se tomou importantíssima decisão em favor dos aposentados do país, tão frequentemente vilipendiados pelas políticas decididas em Brasília.
            Primeiro, a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste de 7,71% para os trabalhadores inativo.
            Por outro lado, manteve o fator previdenciário (uma fórmula, criada no governo FHC, que leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida dos brasileiros no momento da aposentadoria).
            O governo ignorou o clamor dos idosos e adiou o sepultamento da fórmula execrável...
           
O Fator Previdenciário e o falso déficit da Previdência

            Uma estranha fórmula criada no governo FHC, que no final das contas, abocanha cerca de 30% do que o trabalhador tem a receber como aposentadoria e que, notadamente, dificultou a vida de muitos brasileiros. “É uma medida da era neoliberal, que precisa ser sepultada, como foram várias outras da mesma época, dos anos 90”, aprova Denise.
            “Se fizermos as contas, e qualquer um pode fazer, o que o trabalhador paga à Previdência, sem contar a contribuição patronal, já é suficiente para cobrir sua aposentadoria. Se considerarmos que ele paga o dobro em relação às empresas, teremos uma situação em que o trabalhador, na verdade, pagou muito caro para ter o benefício em valor integral. E, com o fator previdenciário, ele tem redução para menos da metade do valor para o qual ele contribui, ou mesmo do salário mínimo” explica Washington.
            Nenhuma das conquistas acima citadas sequer ameaça as contas da Previdência Social – AMBEP - Setembro de 2010.   (LM  jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br 10-08-15)

     

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