AUMENTO DA CRISE
Folha de pagamento mais cara,
sem empregar mais funcionários.
Mais saúde, menos crise
A “reoneração” (cobrar novamente o que tinha dispensado) da
folha de pagamentos, uma das medidas do ajuste fiscal do Governo, trará efeitos
nefastos para a competitividade industrial.
Cabe lembrar que desoneração foi essencial para que a
indústria catarinense chegasse à posição de líder em contratações no País no
passado.
O que se esperar do nível de empregado daqui para diante,
com a reoneração da folha, se as vendas reais da indústria recuaram 9% nos
primeiros cinco meses do ano e a confiança do industrial é das mais baixas da
história?
O setor do vestuário, um dos que mais empregam em Santa
Catarina, teve queda de vendas de quase 30% no período. Será que sacrificar
ainda mais a sua competitividade fará crescer a arrecadação, que é proporcional
ao faturamento das empresas? Não parece lógico.
A mesma pergunta vale para os juros.
Porque eles são tão elevados se a inflação que enfrentamos
não é de demanda, que está cada dia mais fraca?
Os vilões são os preços da energia e dos combustíveis, que
subiram e podem subir ainda mais por causa dos graves desequilíbrios no setor
energético, causados por políticas governamentais equivocadas.
É injusto que a indústria, o setor mais sacrificado, tenha
que pagar por todos esses erros. Pagamos hoje uma das tarifas de energia mais
elevadas do mundo, impostos crescentes e juros exorbitantes, em meio a uma
recessão que é a pior em 25 anos.
E para mantermos a produção industrial competitiva no Estado
dependemos ainda de grandes investimentos em infraestrutura logística, pois a
precariedade do sistema de transportes catarinenses torna os custos locais mais
altos do que a média nacional, conforme estudo realizado pela FIESC.
Todas as ações do FIESC têm como objetivo a competitividade
industrial, e lutamos sem descanso pelo encaminhamento da extensa agenda de
melhoria do ambiente institucional.
Também desenvolvemos ações nos focos estratégicos de
educação, inovação, tecnologia e qualidade de vida. Dentro deste último foco
especialmente em um momento em que todos sofremos juntos com os efeitos da
crise econômica. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
14-08-15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário