sexta-feira, 14 de agosto de 2015



AUMENTO DA CRISE
Folha de pagamento mais cara, sem empregar mais funcionários.
Mais saúde, menos crise
         A “reoneração” (cobrar novamente o que tinha dispensado) da folha de pagamentos, uma das medidas do ajuste fiscal do Governo, trará efeitos nefastos para a competitividade industrial.
         Cabe lembrar que desoneração foi essencial para que a indústria catarinense chegasse à posição de líder em contratações no País no passado.
         O que se esperar do nível de empregado daqui para diante, com a reoneração da folha, se as vendas reais da indústria recuaram 9% nos primeiros cinco meses do ano e a confiança do industrial é das mais baixas da história?
         O setor do vestuário, um dos que mais empregam em Santa Catarina, teve queda de vendas de quase 30% no período. Será que sacrificar ainda mais a sua competitividade fará crescer a arrecadação, que é proporcional ao faturamento das empresas? Não parece lógico.
         A mesma pergunta vale para os juros.
         Porque eles são tão elevados se a inflação que enfrentamos não é de demanda, que está cada dia mais fraca?
         Os vilões são os preços da energia e dos combustíveis, que subiram e podem subir ainda mais por causa dos graves desequilíbrios no setor energético, causados por políticas governamentais equivocadas.
         É injusto que a indústria, o setor mais sacrificado, tenha que pagar por todos esses erros. Pagamos hoje uma das tarifas de energia mais elevadas do mundo, impostos crescentes e juros exorbitantes, em meio a uma recessão que é a pior em 25 anos.
         E para mantermos a produção industrial competitiva no Estado dependemos ainda de grandes investimentos em infraestrutura logística, pois a precariedade do sistema de transportes catarinenses torna os custos locais mais altos do que a média nacional, conforme estudo realizado pela FIESC.
         Todas as ações do FIESC têm como objetivo a competitividade industrial, e lutamos sem descanso pelo encaminhamento da extensa agenda de melhoria do ambiente institucional.
         Também desenvolvemos ações nos focos estratégicos de educação, inovação, tecnologia e qualidade de vida. Dentro deste último foco especialmente em um momento em que todos sofremos juntos com os efeitos da crise econômica. Jornalista Léo.     (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br 14-08-15)

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