O ÚLTIMO TREM
Os trens se sucedem apinhados.
Uma curta parada... um curto apito...
Sai um, logo outro entra expedito
Sob o alpendre de vidros embaciados.
Por entre a multidão ressoa o grito
Dos jovens jornaleiros apressados
E elegantes shorts curtinhos
Não cessam de passar, como num rito.
Súbito ela surgiu e, entre milhares,
Fez logo o monopólio dos olhares.
Surgiu do céu? do inferno? nem sei de
onde.
Só sei que me senti mesquinho, incerto,
Entre o desejo de a seguir de perto
E a dor de não poder pagar o bonde.
Era o último da noite.
Mais um amor perdido! Jornalista
Léo.
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