terça-feira, 24 de março de 2015

TÓXICO E MORTE (02)
Corria o ano de 1978 quando recebi do Jornalista Dílson de Queiroz pequeno livro, de grande conteúdo, sob o título Tóxico e morte, com essa dedicatória:
“Para Leopoldo Miglióli, criatura humana extraordinária e muito simpática, dedico com prazer” (a) Adilson de Queiroz – 11-09-78.
“Aos pais que sofrem a dor eterna em fazer da perda de um filho, em plena juventude; à família em geral, perplexa diante de tanta brutalidade no mundo em que vivemos mergulhados no Tóxico, aceite o profundo pesar de um homem, de um pai, que gostaria de ver a humanidade colocando a inteligência a serviço da ciência e não da violência”.

Arquivos implacáveis
Li o livro numa tirada só, em noite de insônia e arquivei. Eis que dias desses, tendo que remexer em meus alfarrábios, topei com ele, do qual transcrevo alguns parágrafos.

Guerra à Humanidade
É considerado o tóxico, pela medicina, como a maior agressão à saúde do ser humano.
A criatura que contrai o vício do tóxico, condena-se a morte.
Nunca é demais lembrar que uma pessoa desorientada, depressiva, é presa fácil do tóxico. O entorpecente é tão periculoso que mentindo ou não os chefões da Máfia, nos Estados Unidos, declararam à imprensa, que fizeram tudo na vida para ganhar dinheiro menos tráfico de drogas. E os que entraram nesse “comércio podre” devem ter enorme arrependimento por espalharem a miséria pelo mundo. Homens sem dúvida amargurados que dariam toda a sua fortuna por uma vida tranquila e, sobretudo, descente perante os seus semelhantes.

Seja um combatente da Cruzada Anti-tóxico. Assim estaremos salvando a sociedade brasileira do tóxico.
Começo do fim
O tóxico é tão degradante, que basta tomar uma vez, para ficar seu dependente. O começo do fim é justamente quando o traficante oferece de graça o primeiro cigarro, a primeira dose àquele que, na sua ignorância, pensa solucionar problemas, tornando-se um viciado em tóxico.

O traficante de alta periculosidade é, na sua maioria, viciado, que “trabalha” para alimentar o vício. É um morto vivo. Vendeu sua vida ao diabo, à quadrilha de tóxico, que nunca mais o deixará em paz. O toxicômano sofre duas condenações: a escravização pelos traficantes e a morte por envenenamento. Em suma: o viciado em tóxico compra uma viagem de ida para o inferno.
O traficante apresenta-se na qualidade de amigo, de um cara legal, que deseja ajudar o próximo. Mas aproveita-se do estado depressivo de sua vítima para dizer-lhe que tem algo que pode tirá-lo de sua agonia, oferecendo-lhe tóxico.
Os traficantes se infiltram em todas as camadas sociais. São indivíduos que não tem qualificação na vida. Aceitam qualquer tipo de barganha para introduzir drogas em ambientes de poder aquisitivo alto. O tóxico é tão infame que o viciado, quando não tem dinheiro para comprar sua cota diária, oferece a própria mulher ou mesmo a mãe para sustentar o diabólico vicio. É o fim. Jornalista Léo.

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