segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A VOLTA À ESCOLA DO PROFESSOR
O título é mais sem-graça que folião sujo, bêbado, suado e completamente rouco. Ainda em ritmo de carnaval. Os cumprimentos surrados de fim de ano; sempre os mesmos – Boas Festas e próspero ano novo.
Acontece que a volta as aulas é um negócio que se repete todos os anos, em todas as gerações.
Aliás, ser professor é ter uma profissão das mais estranhas. E pobremente remuneradas; também desdenhadas.
A cada ano que vai e vem, temos a sensação de que as coisas começam e terminam. A cada ano a gente envelhece! também a cada começo de ano tem-se a sensação de que a gente remoça. O tempo passa e nem nos damos conta.
Este ano, porém, a volta à escola do professor encontra coisas diferentes. Diferentes, do lado do professor. Ganhou minguado reajuste. Piso sobe 13%.
Segundo o MEC, entre 2009 e 2014 os profissionais da educação tiveram correção do piso de 78,63%.
Agora, do lado do estudante, a volta às aulas mudou o quê?
Me ajuda, a encontrar algumas melhorias, você que tem filhos na escola.
Pois eu estou cada vez mais convencido de que os problemas da educação não se encontram na forma de medir a aprendizagem.
Promoção automática, promoção progressiva ou reprovação em massa significam pouco, muito pouco para o sistema ensino-aprendizagem.
O maior problema, nesta volta às aulas, ainda se encontra no conteúdo daquilo que é ensinado, na aula em si, no processo-ensino como um todo.
Tenho medo de que, nesta volta às aulas, encontremos apenas uma volta. Uma torna-volta e nada mais. E, aí, as coisas se complicam porque o modo-de-ser depende de cada um. E ele, muito pouco, se amarra com o modo-de-ter. Celestino Sachet, com atualização do Jornalista Léo.

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