CONTINUAÇÃO – Pesquisadores encontram , por acaso, um
rio que corre no subterrâneo da Região Norte, desembocando no Oceano
Atlântico. O Hamza poderá mudar as análises hidrológicas globais.
Por baixo do maior rio do planeta, o Amazonas, corre um
gigante silencioso.
A 4 mil metros de profundidade, flui o Hamza, rio
subterrâneo de pelo menos 6 mil quilômetros, que se estende do Acre até o
Oceano Atlântico.
A descoberta foi divulgada por cientistas do
Observatório Nacional (ON), que estudavam poços de petróleo na região e o
encontraram por acaso. O desafio, agora, é entender onde nasce e por qual
trajeto segue este que pode ser o maior curso d’água localizado debaixo da
terra.
Segundo os cientistas, o fluxo
subterrâneo foi formado pelas águas das chuvas, absorvidas por rochas de
características porosas e permeáveis, que fazem parte da formação geológica
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da Bacia Amazônica. “É como um vaso de flor que absorve
a água e a armazena no fundo”, compara o geofísico Valiya Hamza, da
Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, orientador do trabalho
de doutorado de Elizabeth Tavares, da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), de que resultou na descoberta.
Esse sistema de armazenagem, chamado pelos cientistas da
área de recarga, é o mesmo dos aquíferos. A diferença, porém, é que a água
subterrânea descoberta se movimenta de um lugar para o outro, fato que não
acontece com os aquíferos, que são apenas reservatórias de água no subsolo.
“Esse fluxo é o que dá a
características de rio”, explica o geofísico que batizou o rio descoberto,
uma homenagem dos integrantes da pesquisa. Leopoldo
Miglióli.
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