quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CRACK: NUNCA MÃE (01)
Duas tragadas; e o vício está instalado.
Das drogas o mais nefasto. A mais barata e por isso mesmo ao alcance do mais pobre, cujo efeito de duração é efêmero, não mais que sete a nove minutos. Aí outra, mais outra. Milhares de outras pedrinhas.
A Revista VEJA acompanhou durante seis meses, com autorização a luta de Lígia, usuária de drogas e mãe de bebê de sete meses, contra o vício do CRACK, que já está a desgraçar um milhão de brasileiros e infernizando cerca de cinco milhões de circunstantes.
A história, em excertos, que a VEJA conta em oito páginas tintim por tintim, vai a seguir.
15 de novembro de 2014
“Depois de cinco meses sem usar, Lígia Fiochi saiu de casa com a filha de quatro meses.”
Em transe ela fuma CRACK em uma favela para retornar a uma vida normal.


 “SÓ MAIS UMA PEDRA”
Dizia ela. Uma luta titânica para deixar o vício por amor à filha. Amor maternal. Capaz de morrer para defender o rebento.
O amor de mãe desafia as forças destruidoras de guerra, da miséria e do preconceito. Pontifica a mulher ao autossacrifício e lhe dá coragem redobrada quando se trata de salvar os filhos. Se há objetivo no amor, o materno é todo voltado para a proteção da prole. O instinto impele a mãe a ficar do lado dos filhos – para tê-los em seus braços, para assegurar-lhes as condições para crescerem felizes e em segurança.
O que dizer do surgimento de uma força que se tem mostrado potente o bastante para superar até o amor de uma mãe pelo próprio filho? Essa força existe, só pode ser descrita como infernal e está-se espalhando pelo Brasil com o nome de CRACK. Continua.

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