Duas tragadas; e o vício está instalado.
Das drogas o mais nefasto. A mais barata e por isso
mesmo ao alcance do mais pobre, cujo efeito de duração é efêmero, não mais
que sete a nove minutos. Aí outra, mais outra. Milhares de outras
pedrinhas.
A Revista VEJA acompanhou durante seis meses, com
autorização a luta de Lígia, usuária de drogas e mãe de bebê de sete meses,
contra o vício do CRACK, que já está a desgraçar um milhão de brasileiros e
infernizando cerca de cinco milhões de circunstantes.
A história, em excertos, que a VEJA conta em oito
páginas tintim por tintim, vai a seguir.
15 de novembro
de 2014
“Depois de cinco meses sem usar, Lígia Fiochi saiu de
casa com a filha de quatro meses.”
Em transe ela fuma CRACK em uma favela para retornar a uma vida normal.
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“SÓ MAIS UMA PEDRA”
Dizia ela. Uma luta titânica para deixar o vício por
amor à filha. Amor maternal. Capaz de morrer para defender o rebento.
O amor de mãe desafia as forças destruidoras de guerra,
da miséria e do preconceito. Pontifica a mulher ao autossacrifício e lhe dá
coragem redobrada quando se trata de salvar os filhos. Se há objetivo no
amor, o materno é todo voltado para a proteção da prole. O instinto impele
a mãe a ficar do lado dos filhos – para tê-los em seus braços, para
assegurar-lhes as condições para crescerem felizes e em segurança.
O que dizer do surgimento de uma força que se tem
mostrado potente o bastante para superar até o amor de uma mãe pelo próprio
filho? Essa força existe, só pode ser descrita como infernal e está-se espalhando
pelo Brasil com o nome de CRACK. Continua.
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